sábado, 27 de novembro de 2010

OUTROS TEMPOS...

Era uma vez um casal... e um dia tudo mudou!!

Há mais de mês estou decidida a fazer uma nova postagem. Tenho tanto a dizer, nem contei no blog que a Rebecca nasceu (embora provavelmente quem lê o meu blog já a tenha até visto pessoalmente)... e entre as milhões de tarefas que tenho diariamente, escrever aqui acaba sendo secundário.

Achei que seria um pouco mais fácil! Quer dizer, é tudo muito mecânico, você dá de mamar, coloca o bebê pra dormir, ele acorda, você troca, alimenta de novo e ele dorme... e no meio do caminho você dá um banho pra ele comer e dormir um pouco mais. Até aí é quase que uma ciência... exceto que na vida real não funciona bem assim! Tem aquelas coisas que ninguém te conta... por exemplo, o aleitamento materno é uma coisa lindíssima! O leite da mãe tem todos os nutrientes que o bebê precisa, é um momento pra passar junto com o bebê, etc... mas ninguém te conta que é quase uma hora que você tem que ficar ali parada, amamentando... a cada 3 horas! Aí 3 horas acabam virando 4, mais fazer o bebê arrotar, aí segura de pé mais um pouco pro leite não voltar e deu: é hora de mamar de novo! Fora ter que ficar supervisionando o cocô da criança! "Mãe, você deverá prestar atenção na cor e na textura do cocô da filhinha! Ele vai começar bem escuro, vai clareando, até ficar num tom amarelo quase sol"... só falta o médico dar a referência de cor em CMYK ou RGB pra gente comparar!

Mas fora todas essas coisas que ocupam nosso dia inteiro, pediatra, obstetra, oftalmo, dermato, pediatra de novo, a sensação é realmente indescritível. Como eu já disse milhares de vezes nos meus posts, odeio os clichês relacionados à maternidade, mas eis outra verdade que descobri: você não sabe como é até passar pela experiência. É lindo, é uma delícia, faz você pensar por que não começou antes. A sensação é que a Rebecca já está na nossa vida há anos... a vida sem ela não existe mais, e tentar não pensar nela literalmente doi.

As visitas são pra ela... os presentes são pra ela... os telefonemas são pra ela (não que ela já consiga falar, mas são pra perguntar dela). Em geral a sua vida vai para quinto plano e o bebê passa a ocupar os quatro primeiros! E o mais engraçado de tudo isso é que até você mesma prefere se deixar de lado... e olha que eu sou bem egocêntrica! :)

Resolvi passear nos blogs de outras pessoas que conheço que ficaram grávidas na mesma época que eu. Depois do nascimento do bebê, todo mundo parou de escrever! Que coisa é essa que todo mundo abre mão da sua vida pela vida de outra pessoa! E, mesmo sabendo que será assim, você ainda escolhe fazê-lo! Isso nos ajuda a entender um pouquinho melhor o que Deus fez por nós! Eu sou capaz de ficar horas olhando a Rebecca, sem cansar! Olhando ela abrir os olhos, fechá-los, abrir a boca, fazer bico, se espreguiçar... e é sempre o ponto alto do meu dia. Agora ela está sorrindo quando falamos com ela... MEU DEUS, que coisa mais linda!

Outra coisa boa é que eu estava pensando e percebi que ainda não estraguei meu bebê! A gente sabe que a maioria dos problemas que as pessoas têm na vida adulta são decorrentes de traumas que tiveram durante a infância... bom, ainda não traumatizei minha filha, nem causei nenhum estrago vitalício. E assim permanecerá, até ela chegar aos 40 anos e decidir casar! :)

O grande ponto deste post é o seguinte: o meu blog nunca foi dedicado a minha gravidez, nem às maravilhas da maternidade, como a maioria das pessoas fazem... mas não tem mais como fazer um post sobre o Polishop, passarinhos ou meu cabelo, sabendo que eu posso falar de alguém tão mais importante, que tem ocupado uma parte tão grande da minha vida. Basicamente eu estou fadada a fazer posts sobre a Becky pra sempre, falando sobre como minha filha é esperta e mais avançada que as crianças da sua idade (será que alguma mãe do mundo não acha isso sobre seu filho?).

Os tempos realmente são outros... mas estou começando a perceber que a minha vida adulta está recém começando! Que venham os próximos!!!