É engraçado como a gente tende a esquecer das coisas, né?! Antes eu achava que a gente esquecia das coisas ruins e só lembrava das boas, mas acho que isso é só quando a pessoa morre... pq quando é seu chefe, a tendência é ele lembrar só das coisas ruins. Por uma questão estatística (o número de gente que morre é parecido com o número de pessoas que têm chefes, suponho eu), vamos dizer que as pessoas esquecem fatos em geral, bons ou ruins.
Isso não necessariamente é uma coisa ruim. Acho até que se torna um mecanismo de defesa da gente, bloquear as coisas que não convêm, que nos entristecem, ou até mesmo fatos irrelevantes que só ocupam espaço no nosso HD interno. O problema de esquecer é que vc acostuma com isso, e com o tempo esquecer das coisas se torna aceitável e, algumas vezes, até esperado.
Hoje em um seminário eu ouvi uma coisa muito interessante (minha maravilhosa tia Leila, terapeuta de família, que disse): o ser humano é feito de histórias e ele vive de histórias. Se for assim, e eu acredito que seja, esquecer das coisas pode se tornar mais e mais crítico, dependendo do tipo de informação que vc esquece. Principalmente porque uma história que o seu mecanismo de defesa bloqueie poderia tornar-se fator determinante na vida de outra pessoa. Para deixar mais claro o meu ponto vou dar um exemplo.
Durante muito tempo minha mãe carregou consigo certa frustração por ter casado grávida. Isso acontece na vida de muitas pessoas, bem sabemos nós, mas por algum motivo alheio ao meu conhecimento esse fato teve uma repercussão muito grande na vida dela. Ela casou com o meu pai, eles "acertaram" a situação, tiveram mais filhos e já estão casados há 33 anos. No entanto, a história da minha mãe teve grande efeito na minha vida.
Como toda boa cristã, desde pequena fui ensinada sobre pureza e os benefícios de manter relacionamento sexual somente com o seu marido, mas, independente de qualquer crença, o assunto é muito mais uma escolha pessoal do que um mandamento religioso. Conheço muitas pessoas com o mesmo histórico que o meu, nascidas e criadas em lares cristãos, pessoas de fé e determinação, que nunca sequer imaginaram como seria a vida sem Deus. No entanto, algo fez com que essas pessoas escolhessem um caminho diferente do meu. Muitas delas optaram por relacionar-se antes do casamento e, como eu disse anteriormente, no final é tudo uma questão de opção pessoal.
O que, então, fez com que eu tomasse a decisão e (o mais importante) tivesse a determinação de não fazer sexo antes do casamento? Consegue adivinhar essa? Certamente foi a minha mãe! Não por força ou por algum tipo de proibição, mas porque eu conhecia a história de frustração dela o suficiente para não querer que ela se repetisse na minha vida. Sabe aquela história de "aprenda com os meus erros"? Isso realmente funciona, se vc for homem (ou mulher) o suficiente para admitir seus erros, admitir sua humanidade e perceber que seus erros não o tornam menos admirável - aliás, acho que o contrário é verdadeiro.
Hoje quem realmente me conhece e sabe o relacionamento que tenho com o meu marido, sabe que somos muito abençoados, e eu acredito que em grande parte temos essa bênção por causa das nossas escolhas. Agora, imagine se minha mãe tivesse bloqueado sua história, ou decidido que era muito vergonhoso contá-la para suas filhas? Assim, não quero imaginar muito isso, mas acredito firmemente que a minha escolha teria sido diferente, bem como meu marido - e isso eu não quero imaginar MESMO.
Claro, suas histórias devem ser muito diferentes das minhas, e mesmo que seus princípios não sejam os mesmos que os meus, uma verdade absoluta é que compartilhar experiências enriquece o ser humano e ajuda a entender de onde viemos e definir quem nos tornaremos. Quem não gosta de ouvir histórias sobre como seus pais se conheceram, como se apaixonaram, sobre sua própria infância ou coisas que vc não faz a mínima que aconteceram? O ser humano é curioso por natureza, e histórias são uma maneira de responder perguntas e instigar a nossa criatividade e imaginação.
Por isso, lembre-se das suas histórias, do que fez vc ser quem é hoje, e passe suas histórias adiante. As histórias são nosso legado, é como as gerações futuras lembrarão de você.
Qual é a sua história?
li tudinho e adorei!vc é boa demais na arte de contar histórias... vá em frente,minha querida!
ResponderExcluirte amo
Oi minha linda!
ResponderExcluirAmei sua história; fiquei tãão orgulhosa... porém não concordo, em parte, com esse comentário:
"desde pequena fui ensinada sobre pureza e os benefícios de manter relacionamento sexual somente com o seu marido, mas, independente de qualquer crença, o assunto é muito mais uma escolha pessoal do que um mandamento religioso."
Acho que até estar casado, vc não sabe se seu noivo ou namorado será seu marido, então, para a boa aplicação da Palavra, a pureza é sim, um mandamento religioso:
"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;" (I Pedro 1 : 15)
Que é uma opção pessoal não tenho dúvida e como a conheço muuuuito sei que fez essa excelente escolha e sua felicidade matrimonial está relacionada à essa escolha em gênero, número e grau.
Parabéns pelo blog divertido! Adorei!
Te amo muitão!
Sua Mami
Em minha defesa: Esta escrito: Aquele que tomar uma virgem case com ela.
ResponderExcluirEscolhi bem e tenho uma descendência abençoada.
Conforme levítico 21: 14 e 15 "Viúva, ou repudiada ou desonrada ou prostituta, estas não tomará; mas virgem do seu povo tomará por mulher. E não profanará a sua descendência entre o seu povo; porque eu sou o SENHOR que o santifico".
A única condição que coloquei diante de Deus: Que ela abraçasse a fé em Jesus na primeira vez.
E este foi o único sinal de Deus para mim.