sexta-feira, 9 de julho de 2010

BEM GRÁVIDA!!!

Estou descobrindo que tem poucas coisas mais desconcentrantes do que estar grávida. No auge dos meus quase 6 meses de gravidez (25 semanas amanhã), estou com muuuita dificuldade de concentração. Quer dizer, não consigo me concentrar nas coisas que realmente preciso, tipo trabalho e essas coisas mais básicas. Tudo agora é Rebecca!! Eu tenho essa teoria de que a pessoa pode estar gravidinha, bem grávida ou muito grávida. Acho que já estou bem grávida agora.

Acho ridículo essas mulheres que só sabem falar de filho! Tipo assim, vai arrumar um pouquinho mais de cultura, né?! Mas à medida que essa criança cresce, parece que meus assuntos (e energia) se esgotam e não me resta nada a fazer a não ser pensar nela. Você pode achar isso tudo um exagero, mas para exemplificar, vou relatar as últimas duas semanas:

Dia 1
Acordei com o André trazendo café na cama: grávida tem que tomar café pra não pular as vitaminas e o cálcio do bebê. Meu pai estava vindo pra visitar e ajudar a organizar as coisas. Que coisas? O quarto da Rebecca! Fizemos uma lista do que tem que ser feito em casa. Mil coisas, algumas pra nós, a maioria pra ela. Buscamos o pai no aeroporto. Dormimos.

Dia 2
Café na cama trazido pelo pai... vitaminas e cálcio pra Becky. Meu pai decide instalar um aquecedor de passagem no apartamento - gente com filho pequeno TEM que ter água quente em todo lugar. Vamos comprar o aquecedor (presente do vô pra Rebecca). Faço almoço... me dei conta de que preciso de um avental pq, com a barriga crescendo, minhas blusas estão ficando cheias de gordura. Instala o aquecedor, vou dar aula - falo com a Gui, minha aluna maravilhosa, sobre a Becky. À noite, pastel de feira que meu pai trouxe de SP pq a grávida estava com desejo de pastel de verdade. Outra coisa boa: posso usar minha filha pra ter desejo de comer várias coisas, e as pessoas vão se esforçar pra fazer as minhas vontades - vai que a criança sai com cara de pastel ou de iôiô crem!! Cama.

Dia 3
Mais café na cama, mais reforma, mais Rebecca. Ela pula, pula, pula! Às vezes acho que ela sabe que a atenção é toda dela, pq não para de se pronunciar aqui dentro. Falamos sobre ela. Mais pastel pra grávida. À noite, durmo com a mão na barriga, sentindo ela pular.

Dia 4
Café, vitaminas, cálcio. Pula. Conversa. Rebecca. Mais conversa. Becky. Tento fazer uma conta simples de cabeça. Lembro que estou bem mais lenta de raciocínio depois da gravidez. Pastel - sim, de novo, não me julguem, estou grávida! Visitas pra ver a reforma. Mão na barriga. Dorme.

Dia 5
Não lembro, não lembro. Rebecca, Rebecca. Falo com meu cunhado. Rebecca. Minha irmã, Rebecca. Outra irmã, Rebecca. Ligo pra mãe, Rebecca. Falamos sobre as coisas que ela tem que trazer quando vier pra Porto Alegre pra fazermos mais coisas pra Rebecca. Vamos ao mercado comprar coisas que faltam. Procuro avental por causa da barriga. Mão na barriga. Dormimos.

Dia 6
Vitaminas, cálcio... dorme bastante por causa da Becky. Os sogros ligam: como está a Rebecca? Estão indo pra Escócia - o que podem trazer de lá pro bebê? Reclamo que acabou o pastel. A minha melhor amiga está indo pra Londres, vai trazer uma mala da Kippling... pra Rebecca. Vem visitar antes de ir. Passa 30 minutos com a mão na minha barriga pra sentir ela mexer. Jogo do Brasil em família. As pessoas notam que minha barriga está finalmente começando a aparecer. Comemos em família (todo mundo). Dormimos em família (eu, o Dé e a Rebecca).

Dia 7
Café, aulas, Rebecca. Parede de Dry-wall pro quarto da Rebecca. Providenciar a vinda do berço e da cômoda pro quarto. Leroy Merlin comprar torneira nova pra pia do banheiro, agora com água quente. Luminária pro quarto do bebê. Tira fotos... pensa no convite do chá de bebê em agosto. Tá, cansei! Dormir!

Bom, meu pai foi embora... vou parar a contagem de dias. Mas acho que está bem claro que não dá pra pensar em outra coisa. Na madrugada passada não consegui dormir por mais de 1 hora porque ela não parava de mexer! Outra coisa engraçada é ficar escolhendo música pro André tocar pra ela. Descobrimos uma música legal - e que ela gosta muito de violão, pq quando ele está tocando ela se mexe um monte.

Mas fora eu estar com sono e fome o tempo todo (o que pode ser uma coisa boa, dependendo do ponto de vista), além de estar sensivelmente mais lentinha, a sensação de ter um bebê na barriga é indescritível. Preciso trabalhar, fazer várias coisas, mas preferi ir atrás de coisas pro convite pro chá de bebê. Minha mãe e a Flávia vem visitar, o que podem trazer fora mais massa de pastel de feira? Também fui ao Bourbon tentar achar o papel amarelo pra pasta da Rebecca. Contei pra vocês da pasta? "Minha história na barriga"... em que contamos pra ela as histórias de todos os exames e dos grandes acontecimentos. Tem o logotipo dela, que será serigrafado nos convites do chá de bebê. Faço orçamentos pra serigrafia. Durmo um pouco mais.

E mais dias se passam... tenho que traduzir, mas a Becky reclama das minhas posições. Estou com sono. Penso em um post para contar que não consigo parar de pensar nela. Começo a escrever, minha mãe liga pra falar da lembrancinha do chá de bebê... e da maternidade. Estou me dando conta de que não sou a única que pensa nela o tempo todo... acho que estou com fome. Quem sabe eu como antes de começar a tradução. Mais 13 semanas disso... e aí dizem que piora!

Coisa boa é ocupar a mente com coisa boa! Continuo orando pra minha filha ser saudável e linda. Agora também oro pelo marido dela, me dei conta que ele já nasceu. Terça-feira temos o ecocardiograma dela, e na quinta consulta com a Dra. Simone. A Flávia vai chegar, e tenho certeza de que conversaremos muito... sobre a Rebecca. Ontem na cama eu e o Dé estávamos conversando sobre como é bom podermos ter a experiência de ver as coisas acontecerem na hora certa. Eu e ele ainda falamos muito sobre tudo - mas muito mais sobre ela. Isso que nem estamos pensando ainda na decoração - que será de flores!

Tá, eu vou parar! Tenho que comer, traduzir, dormir. Hoje foi produtivo, montamos o modelo do convite, definimos o que mais precisa ser comprado para ele... estou cansada, ela se mexe um monte... mas já tenho barriga, já não estou gorda, estou grávida! :)

Mais lenta e desmemoriada, mas grávida. Mais dramática, mas grávida. Com mais fome, mas grávida. Com mais sono, mas grávida. Mais pesada, mas grávida. Mais feliz... e bem grávida!!!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

COUNT YOUR BLESSINGS!!

Semana passada fui ao mercado com o André e, gordinha como estou, precisei ir ao banheiro. De repente, sentada no vaso, tive um surto psicótico e comecei a chorar. Calma, eu não sou louca! Vou explicar o desequilíbrio. A história vai ser meio triste, mas prometo que não acaba aí, então fique conectado até o fim.

Voltemos para a parte do meu número 1 no vaso. Nos 30 segundos que fiquei sentada para liberar as 10 gotas de xixi que estavam na minha bexiga comprimida, visualizei uma realidade paralela. Uma realidade em que o meu bebê não existia mais... uma realidade em que a Rebecca não estava mais viva dentro de mim. Eu sei que é mórbido falar sobre isso, mas vamos lá, vou tirar do meu sistema, porque muita gente passa por isso! No dia anterior fomos à obstetra e com a Becky pulando pra lá e pra cá, a médica teve muita dificuldade para encontrar o batimento cardíaco... aí nesse dia fiquei pensando: eu e o André estamos com muitas expectativas para nossa bebê. Na verdade a família inteira está muito feliz, a dinda preparada pra chegada dela... sabemos quem está dentro de mim, já vimos seus pés, suas mãos, seu queixinho (que parece o meu!). Embora dentro de mim, a Rebecca já é parte integrante da nossa família. E aí, nessa realidade paralela o coraçãozinho dela parava de bater... e pior, imaginei até a parte em que a retirariam de dentro de mim com a tal raspagem, aspirando o MEU BEBÊ para fora, como se ela fosse apenas uma sujeira no meu útero. Naquele momento tudo o que tive foi uma grande empatia pelas pessoas que já passaram por isso, que já perderam seus bebês por motivos inexplicáveis... e comecei a pensar nas pessoas que passam por uma gestação inteira sem perceberem o milagre que é carregar um bebê dentro de si. O privilégio que temos diariamente e a bênção que é enfrentar uma gestação sem nenhum problema. Como tem gente ingrata no mundo, que não se lembra de agradecer a Deus por cada dia de vida e de saúde que Ele lhes proporciona!

E isso nos traz ao dia de hoje (tá, só mais uma história triste, prometo!). Há 3 meses nasceu a bebê de uma cliente da minha mãe. Há uns 4 dias essa cliente mandou um e-mail elogiando o trabalho dela, extremamente feliz com tudo o que estava acontecendo, dizendo que ia mudar com o marido e a filhinha para Portugal, perguntando se minha mãe oferecia cursos. Minha mãe, muito feliz com os elogios me encaminhou o e-mail da cliente. Hoje ela me ligou, em choque, pois acabara de receber novo e-mail da cliente: o marido dela faleceu ontem, ataque cardíaco fulminante, no auge dos seus 30 e poucos anos. A menina estava sem chão, sem saber o que fazer, com um bebê de 3 meses e sem o marido. Não quero imaginar a dor que ela está tendo que enfrentar... outra coisa simplesmente inexplicável!

Desde a semana passada tenho estado extremamente quebrantada. Não é difícil chorar de gratidão quando a gente para pra pensar na vida tão maravilhosa que tem e em todas as coisas que temos para nos alegrar. A gente tem tantos caprichos, como querer escolher até o mês em que o bebê vai nascer, pede pra Deus e, quando Ele dá, simplesmente esquece de agradecer. Como dizem os americanos: "count your blessings". E se eu começar a "contar minhas bênçãos", sei que terei ainda mais motivos pra chorar. Ok, eu realmente acho que estou meio hormonal ultimamente... mas isso não muda o fato de que eu tenho tantas coisas para agradecer que fico até constrangida de pensar em reclamar de algo.

Já parou pra pensar nas coisas boas que acontecem com você diariamente? E aí estou vendo as coisas por outra perspectiva. Por exemplo: meu marido lindo foi pra Itajaí na terça-feira pra tocar em um Congresso, e eu estou sozinha em casa. Novamente, pra quem nos conhece, sabe que vivemos absolutamente grudados, então a experiência de passar 5 dias sem ele é extremamente difícil para mim. Por um momento eu quis ficar triste de estar sozinha, por ele ter ido tão cedo e eu não ter podido ir junto... mas aí eu comecei a pensar: nós nos falamos 10 vezes por dia, ele me liga a cada minuto pra dizer o que está fazendo e que me ama e sente a minha falta. Ele foi pra Itajaí tocar em um Congresso muito grande, onde irá ministrar para milhares de pessoas, parte de um grande sonho do seu coração, que é trabalhar com música. Quão egoísta é ficar triste com isso? Que coisa maravilhosa que temos uma cobertura que dá a ele esse tipo de oportunidade, e se tenho que sentir alguma coisa é alegria e orgulho de ser casada com um homem tão talentoso e abençoado. E sob essa perspectiva, passar esse tempo longe dele se torna um pouquinho mais tolerável.

Outra coisa que aconteceu nessa semana foi a saga para encontrar uma nova obstetra. Minha obstetra não estará aí na data que escolhi para ter a Rebecca, então decidimos ir à luta atrás de outra. Pegamos algumas recomendações com alunos e amigos, e lá fui eu (graças a Deus acompanhada) para conhecer as tais obstetras. Obstetra número 1: não quer fazer o parto com 38 semanas. Outro fato relevante: digamos que ela era meio "masculinizada". Sim, gente, agora imagine o medo da mulher resolver me examinar! CEEERTO que a situação foi muito desconfortável! Obstetra número 2: relutante em fazer o parto com 38 semanas. Outro fato relevante: errei o horário da consulta e não consegui ser atendida naquele dia, tive que remarcar e pagar uma fortuna de estacionamento pra ficar 5 minutos no prédio. Obstetra número 3: ainda não conheço, mas estou com altas expectativas! Acho que é essa, mas só consegui marcar consulta para o dia 4/6. O tal do prazer da espera, nesses casos, não é tão prazeroso assim. Mas vamos lá, "count your blessings"! Estou pensando em como será divertido contar pra Becky a dificuldade que foi encontrar um médico que nós gostássemos e que topasse dar uma data de aniversário bonita pra ela.

E assim minhas semanas estão passando, estou entrando na vigésima amanhã (ou seja, fecho 19 semanas), e a cada semana tenho uma nova experiência, triste, alegre, bizarra... e o mais legal é que tem um monte de gente acompanhando esse tempo comigo, me vendo orar diariamente pra minha filha ser bonita (que medo de ter um bebê feio!!!). Ah, falando nisso, é importante ressaltar que existe, SIM, bebê feio, e que tem umas coisas meio duvidosas na nossa genética, vai saber! Dizem que nenhuma mãe acha o bebê feio, mas como eu já vi uns bebês bem estranhinhos por aí, não custa orar... a hora é agora, enquanto Deus ainda pode fazer alguma coisa aqui dentro! Então gente, orem junto pela Rebecca, pra ela ser saudável e linda.

E quando estiver contando suas bênçãos e agradecendo a Deus por elas, lembre-se de agradecer por fazer parte da nossa vida e desse momento tão único para nós! Nós, certamente, agradecemos a Ele por você!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O PRAZER DA ESPERA

Eu nunca fui muito de esperar... sou curiosa, ansiosa, típica sanguínea, que não pode ouvir que alguém tem um segredo e já quer saber o que é! Sempre coloquei a esperança na idade, que o amadurecimento ajudaria a melhorar isso, mas conforme o tempo foi passando, fui percebendo que a mudança nesse aspecto nunca esteve nem perto de acontecer.

Mas as situações mudam, a vida da gente muda... e recentemente aprendi a adquirir certo prazer na espera. No dia 16 de fevereiro descobri que estávamos esperando um bebê. A gravidez mais planejada do mundo, e Deus foi tão bom que fez exatamente como queríamos... nem um mês depois de começarmos já tivemos o resultado: estávamos grávidos!

MOMENTO 1

Chegamos de um retiro da igreja, passei na farmácia para comprar anti-alérgico e já despretensiosamente peguei um teste de gravidez "só pra ver". Claro, esperança eu até tinha, mas havíamos acabado de começar a tentar, então nem contei pro André pra não criar expectativas desnecessárias. Entrei em casa, louca de vontade de ir ao banheiro... fiz o teste. Li o resultado. Reli. Era verdade... positivo! Quando o André acabou de subir as malas eu o chamei. Primeira reação do marido: "tem uma barata no banheiro!" (pra quem me conhece, sabe que uma barata é motivo mais que suficiente pra eu gritar desesperadamente o nome do André!). Mas não, dessa vez não era uma barata... era algo um pouquinho melhor. Ele entra no banheiro, o teste sobre o resultado em cima da pia. Lê por alguns segundos... ansioso pelo resultado, pede confirmação... e foi aí que nasceu o nosso sonho!

MOMENTO 2

A partir daí a pessoa já tem noção do que está acontecendo, mas parece meio inacreditável. O exame de sangue no dia seguinte confirmou... mas eu não me sentia grávida. Sem enjôo, sem estresse (será?), sem grandes alterações de humor a gente acaba questionando... aí a espera pelo primeiro ultrassom, que tem que ser com 6 semanas pra conseguir ouvir o coração do bebê. A longa espera de 2 semanas (quase 100 dias) e ali estava ele, o bebê mais lindo do mundo, uma manchinha preta, com seus 4mm e o coração batendo bem forte.

MOMENTO 3

Com o meu super útero se expandindo, algumas pontadinhas de vez em quando, e o bebê mais amado do universo crescendo em graça e tamanho. A espera pelo ultrassom das 12 semanas (da transluscência nucal), que poderia dar uma idéia do sexo do bebê, foi outra espera de mais uns 4 meses! Nunca 6 semanas passaram tão devagar. E aí a gente fica com medo de escolher algum sexo, de ter a nossa preferência... é nessas horas que vc entende aquela frase ridícula: "se vier com saúde, o que vier eu estou feliz". Sim, a frase é ridícula, mas a mais pura expressão da verdade. Os meus pais tem 4 netos meninos, os pais do André tem 2 netas meninas... certamente seríamos a primeira experiência de uma das famílias. Enfim, chegou o dia! Em São Paulo com o médico das minhas irmãs fiz o exame... e como esse bebê se mexia! Pulava, brincava... eu nunca achei que meu útero fosse tão divertido! Estava agora com 5cm!! E aí o médico diz: "eu tenho um palpite!" e os segundos seguintes, que demoraram uns 20 minutos pra passar, foram daquela antecipação de quem está para receber um grande presente. Ele explicava sobre as probabilidades, 70 a 80% de chance, etc, mas quem liga pra probabilidade nessas horas? "Eu acho que é uma menina!"

Com a idéia na cabeça, voltamos para Porto Alegre, "eu acho que é uma menina" ecoando na minha mente. Já tínhamos os nomes: Benjamin ou Rebecca. Faltava a confirmação. Nessas horas todo mundo tem alguma opinião, é uma fase mega divertida (pra quem não tem que esperar). Outra coisa legal é enfrentar filas... vc quase sem barriga nenhuma já entra na fila de atendimento preferencial, esperando que alguém queira te barrar, só pra poder dizer: "Sim, eu estou grávida!!!". Aliás, parece que todas as conversas passam a ser sobre gravidez, e o tanto de gente que aparece grávida ao seu redor é ridículo! Mas, como não dá pra ser a única grávida do mundo, a gente aprende que dá pra compartilhar experiências, falar sobre as coisas bobas que vc já falou com o seu marido 30.000 vezes (e o santo ouve todas as vezes com um grande sorriso, como se fosse a primeira).

MOMENTO 4

E em idas ao mercado, tentando forçar uma barriga (que até então eu tentara esconder a todo custo), passaram-se as outras 4 semanas... agora com 16, hora de confirmar o sexo! Aí ia depender da boa vontade do bebê de colaborar. Os dias anteriores ao exame em contagem regressiva, conversando com o baby pra ele ser consciente e se mostrar pra mamãe e pro papai. O mico de ficar falando com uma barriga... e lá estava o bebê... se mexendo enlouquecidamente, como se a gente tivesse instalado um brinquedo novo no útero. Vimos a coluna, as costelas, os braços, as pernas... e lá estava! Quer dizer, não estava!! Não tinha mais dúvida: a Becky estava pulando no meu útero, como se soubesse que estávamos olhando pra ela!

MOMENTO 5

E assim chegamos no dia de hoje! 1 dia após o exame, 16 semanas e 4 dias de gestação. E é aí que vem o prazer da espera... eu já sei quem está dentro de mim... eu já sei que ela está bem. De repente a vontade de que tudo isso passe rapidamente foi embora! Claro, estou na antecipação da barriga (quando eu vou realmente parecer grávida?), mas o ponto é: EU QUERO ESPERAR! Finalmente estou reconhecendo todo o milagre do processo, ver nosso bebê passar de ser uma manchinha preta a uma pêra, num espaço de tempo que de repente parece tão curto! Finalmente, depois de 4 momentos de intensa espera e antecipação, quero aproveitar meu momento 5 (e o 6, e o 7, e o 8, e quantos outros tiver!), curtindo cada semaninha em que meu bebê cresce alguns centimetrozinhos, preparando-se para nos conhecer. Que privilégio é poder servir de encubadora para alguém! Que sensação maravilhosa saber que nosso bebê já está a caminho, e que ela está aqui dentro, pulando, dançando e se divertindo!

Eu quero ter tempo para processar tudo o que está acontecendo, tempo para me preparar para a vinda da Rebecca, tempo para pensar nas milhares de coisas que vamos fazer juntos... nossa família! Minha FAMÍLIA! Passo tempo com a mão na barriga, imaginando a "menininha do papai", ele brincando de ursinho com ela... a imaginação vai longe! E eu, que tanto já critiquei essas grávidas que passam o tempo todo com a mão na barriga, fico pensando que na verdade a gente só está tentando acreditar que tudo isso está realmente acontecendo.

Que coisa boa é esperar! Esperar o momento certo das coisas, o momento certo de Deus para as coisas! Porque agora eu sei que a nossa espera foi o que nos preparou para viver esses momentos tão intensamente. Quero muito conhecer a Becky, mas no tempo certo, quando ela estiver pronta para me ver... até lá, que ela fique aqui, pulando, dançando, se divertindo... e que esse momento seja tão especial para ela como está sendo para mim!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O NEGÓCIO DO SÉCULO...

Gente, fiz a descoberta do milênio!!! Tive a maior idéia para um negócio que vai dar muito dinheiro quando alguém resolver investir nisso. O processo é muito simples, consiste apenas na reetiquetagem de roupas! Calma, eu vou explicar...

Tudo começou em uma tarde despretensiosa, quando eu e minhas ilustres primas companheiras de compras saímos para comprar roupas. Fomos a um lugar carinhosamente denominado Balaio (por ser uma fábrica de roupas a preços baixos e sem grandes luxos), para fazer algumas comprinhas. O André estava em São Paulo, pro azar dele, o que me liberou para comprar algumas coisinhas em função da minha solidão. No Balaio vou eu procurar roupas, tamanho G pra gordinha que sou, claro, eventualmente um M, quando a forma era grande. Minha prima Talita, enquanto incessantemente procurava por alguma coisa que ficasse legal, deu um suspiro e disse: "a gente devia ir na Zara". Claro, a idéia pareceu maravilhosa a todas, exceto a mim, que conheço a Zara de nome (e de preço), e que não estava podendo meeeesmo gastar. Apesar da afirmação de todas de que eu ficaria surpresa com alguns preços lá, quando saímos do Balaio admito ter ficado relutante em todo o caminho para o shopping Iguatemi.

Entramos na Zara, tudo lindo, branco e brilhante, pessoas com cara de ricas, e eu me sentindo em casa. Como adoro provar roupas, saí pegando um monte de coisas pra provar, mesmo sabendo que não iria levá-las. Peguei várias blusinhas lindas e no caminho para o provador decidi pegar uma calça pra provar com as tais blusinhas. Olhei para as calças e, num passo de fé, pego uma 44. Vou ao provador, com as primas reunidas, algumas provando roupas também, algumas observando eu me trocar... coloquei a calça. MEU DEUS, que calça liiinda! E serviu super bem, até meio larguinha. Ao me olhar no espelho pensei comigo: "44? Gente, eu queria levar essa calça... que pena que não está em promoção!". Foi aí que minha prima diz: "está larga, né?! Vou pegar um 42!". Enquanto eu tinha um acesso de riso, foi lá a prima abençoada pegar a calça. Chegou! Fechei o provador. Coloquei a calça já com a mão suando ao se aproximar do zíper. E foi aí que tive a grande surpresa: a calça 42 era realmente o meu tamanho. Ela fechou, ela ficou linda, não ficou gordura sobrando pra lado nenhum... PERFEITA! Outra olhada no espelho. Eu estava certa: era amor!! Eu não poderia mais deixar aquela calça ali! Ela seria uma comigo: Rosane & Calça 42! Estava escrito nas estrelas! :)

Claro, a calça não estava em promoção, mas quem pode colocar um preço na felicidade? Eu merecia ser um 42, eu seria um 42! Marchei ao caixa, orgulhosa, comentei com a atendente o fato da calça ser 42, só caso ela não tivesse notado pela etiqueta. Ela, provavelmente um 36, sorriu e arrancou o dinheiro suado da minha mão. À medida que eu via as notas indo pra dentro do caixa, questionei se aquela compra era sábia... o pensamento durou 3 segundos, até eu lembrar que a calça era 42. Sorri orgulhosa para mim mesma, aquela era uma excelente aquisição. Nos dias seguintes comentei com todo mundo que encontrava que havia comprado uma calça 42. Liguei pra mãe, irmãs, tias... até pessoas pedindo esmola na rua sabiam que eu agora usava 42!

O André voltou de SP. Amou a minha calça em mim, claro, o que tem pra não amar nela? Andando no shopping com ele, uns dois dias depois, vi um livro que me chamou a atenção: "44 também não é gorda". Claro, eu já não me encaixava mais no 44, mas se ele não é de gorda, imagine só um 42! Depois fui descobrir que a autora, Meg Cabot, lançou um livro chamado "42 não é gorda", e de tanto sucesso que ele fez, lançou o segundo, do 44.

Foi aí que eu tive a minha suuuper idéia!!! O sonho de toda mulher remotamente acima do peso é usar um ou dois manequins abaixo do que ela realmente usa. EEEE SEEEE alguém criasse uma loja com roupas de "forma" grande, onde uma calça 50 teria uma etiqueta 46, uma blusa 46, uma etiqueta 44, e assim por diante. GENTE, é dinheiro na certa!!! Pense você, querida amiga que usa 46, se hoje vc fosse a uma loja onde uma calça 42 ficasse linda em você! Como eu já disse antes, não dá pra colocar um preço na felicidade, e uma mulher se sentindo mais magra é uma mulher indubitavelmente mais feliz.

Então aí está a minha idéia para o negócio do século. Quem tiver dinheiro parado para investir, sugiro que compre já um saquinho de etiquetas e comece a renumerar algumas peças de roupa. Repasse a amigos e parentes, e em breve você terá uma gama de clientes para a sua super loja de tamanhos especiais. E não esqueça de publicar o endereço dela aqui! :)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

INSPIRAÇÕES...

Já ouviu aquela expressão "quanto mais a gente faz, mais quer fazer"? Estou me dando conta de que o contrário também é verdadeiro. No começo, quando eu postava com mais freqüência (com trema, claro!), pensava em diversos assuntos sobre os quais poderia escrever. Agora, à medida que os meus posts foram ficando mais esporádicos, parece que cada vez tenho menos inspiração. De repente me parece estúpido escrever sobre o meu cabelo ou uma torta que não deu certo. Será que é isso que chamam de maturidade?? Acho que nunca saberemos! :)

De qualquer forma, hoje fui ao cinema! Programei uma maratona, com um filme no Moinhos, outro em seguida no Iguatemi, tudo bem cronometrado... a única coisa que não levei em consideração foi que meu marido alérgico resolveu tomar um anti-histamínico antes de ir pro cinema e acabou dormindo por alguns minutos no primeiro filme e perdeu a coragem de ir para o segundo.

Mas tudo bem, vamos analisar o primeiro filme que me trouxe inspiração para esse post. O nome dele é Julie & Julia, dirigido pela Nora Ephron, que é um gênio da comédia romântica, e conta com a Meryl Streep no elenco, que está ótima, à propósito. São duas histórias simultâneas: uma em mil novencentos e lá vai bolinha (acho que lá pela década de 50 ou 60), de uma mulher que se muda para a França com o marido (que vai a trabalho) e, apaixonada pela culinária francesa, decide começar a estudar gastronomia no melhor instituto do mundo. Sem jeito nenhum para a cozinha, acompanhamos o desenvolvimento da personagem, que acaba escrevendo um livro de culinária francesa para as americanas que não tem empregadas. A outra história é de Julie, uma escritora frustrada em um emprego que odeia, que cozinha para desestressar. O ano é 2002. Sem propósito na vida, seu marido propõe que ela comece a escrever um blog... ela irá cozinhar todas as receitas do livro que Julia lançou (524 receitas) em 1 ano (365 dias). E assim a história se desenrola, com as duas cativantes personagens enfrentando suas dificuldades no dia-a-dia.

Aí eu fiquei pensando que poderia começar a postar sobre comida! Mas não comida de um livro de receitas, mas comidas inventadas, minhas aventuras na cozinha... mas só as que deram certo (e aí a minha tentativa de torta holandesa não entraria, claro!). A idéia até pareceu legal a princípio, eu amo cozinhar, sou muito boa na cozinha (e modesta em diversas outras áreas), mas agora, problematizando, estou me dando conta de que o feito não é muito factível.

Analisemos:
1. O meu jeito de escrever é meio infame, com meu senso de humor estranho... como é que eu traduzo isso em um blog sobre comida? Falando pro leitor colocar chocolate na carne moída? Que coisa mais indigesta!!
2. Eu não faço as coisas com receita... pareço bruxa na cozinha, coloca um negocinho ali, uma coisinha aqui, asas de morcego, pernas de barata, e aí a comida dá no que dá. Não tem medida, não é programado... e como é que eu traduzo isso numa receita? Coloque um pouquinho de cada coisa e deu? E pra quem conhece o sangue Müzel que corre nas minhas veias, sabe que o nosso pouquinho é o bastante da maioria da população.
3. O gordinho aqui de casa até agradeceria, mas em 2 meses de blog nós íamos virar a família Bolinha!! Em 6 meses de casamento, trabalhando, fiz meu marido engordar 15kg, imagine se eu realmente me dedicasse à tarefa? Haja exercício pra queimar toda essa santa gordura!
4. Depois de 2 postagens eu ia cansar de escrever sobre uma coisa só... e depois de uma semana ia parar de cozinhar também. Digamos que nesse aspecto eu não sou a pessoa mais obstinada do mundo. Tipo, em um filme pode até dar certo, mas eles esquecem de falar sobre a louça a ser lavada depois... cozinhar até vai, mas lavar a louça depois ninguém merece!

Bom, depois de todas as minhas inúmeras (4!!) considerações, decidi afundar a idéia do comiblog (que já tinha até nome!). Claro, imagino que ao ler isso muitos fãs da minha comida fiquem extremamente frustrados de saber que as minhas receitas serão benefício único da minha descendência, que não será gordinha mas que engordará a muitos! Mas você pode se consolar no fato de que eu amo cozinhar para as pessoas, e com isso pode ficar à vontade para se auto-convidar para comer com a gente de vez em quando. Talvez sua visita seja tão memorável que até vire assunto do meu blog (já que este não estará limitado a comida).

E eu, por enquanto, permaneço aqui, com minhas inspirações limitadas para futuras postagens, imaginando quando terei assunto para postar novamente. Se você quiser sugerir alguma idéia que eu esteja apta a falar a respeito (se eu não estiver tudo bem, eu geralmente invento fatos mesmo!), mande para mim. Se a sua idéia for boa e eu conseguir postar sobre ela, posso até te pagar o favor em comida!! :)

Interessados??

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MUDANÇAS QUE VEM PARA O BEM...

Eu sempre achei que me adaptava bem às mudanças. Enquanto muita gente preza pela estabilidade (que às vezes beira até o comodismo), muitas vezes as situações rotineiras me entediam de tal forma que eu me sinto obrigada a mudar as coisas à minha volta.

Então um dia eu acordo e penso: "quer saber? hoje eu vou me demitir!" Calma, não é bem por aí! Essa é uma decisão pensada mediante o inconformismo com situações que estão moralmente erradas, sobre as quais não temos absolutamente nenhum poder para mudar. Aí você vai juntando as coisas, vai percebendo que o que acontece ao seu redor desafia a ética na qual sua vida está baseada (ou deveria estar), e aquilo te incomoda de tal forma que a situação se torna insuportável. Daí a decisão de mudar.

Claro, às vezes o tédio nos leva a querer mudar! A insatisfação com o trânsito de uma cidade onde você leva 2 horas para chegar ao trabalho te leva a mudar de São Paulo para Porto Alegre (dentre outras coisas, claro!). A vontade de não estar mais sozinha te faz procurar alguém para casar (dentre outras coisas, claro!). O desafio de começar uma carreira do zero e ser bem-sucedida nela te faz começar um novo trabalho (dentre outras coisas, claro!).

Mas em geral as pessoas não são assim, propensas à mudança. Eu já fiz todas essas coisas que citei, e sou muito feliz com as minhas escolhas. Os desafios nos levam à frente, mesmo quando parecem grandes demais. No entanto, há uma mudança que eu simplesmente me recuso a aceitar, porque vai contra toda a minha essência, tudo o que acreditei ser certo minha vida inteira, tudo que estudei por anos e anos para entender...

O QUE ESTÃO FAZENDO COM A MINHA LÍNGUA PORTUGUESA? Mas que raio é essa tal mudança nas regras de acentuação e grafia, e por que EU, Rosane, tenho que me adaptar a ela? Como eu posso, depois de 28 anos tendo idéias, passar a ter ideias? Como eu vou frequentar lugares que um dia já freqüentei?

O meu ponto é o seguinte: para as pessoas que não sabiam acentuar as palavras corretamente, as tais mudanças não farão diferença nenhuma, visto que elas não tem a pretensão de aprender a acentuar agora! Agora, para as pessoas que estudaram tanto tempo para conseguir entender e memorizar todas as regras, essa mudança só trará sofrimento... sim, eu choro à noite pelos hífens e acentos que caíram com a reformulação da minha língua portuguesa.

Por um lado eu tento entender que isso é uma tentativa de padronizar a língua com a dos nossos amados colonizadores, mas por que, então, eles não vão mudar a língua deles? Por que o Brasil iniciou o movimento e ainda não tem outros adeptos? Já pensou se essa nova padronização não vinga e a gente tem que mudar tudo de volta?

Por isso estou começando um movimento em favor dos acentos indefesos que caíram!! Assim como deveríamos ter lutado pela permanência de Plutão no nosso sistema solar (desde quando ser pequeno desqualifica alguém?), não mais curvarei minha cabeça mediante tais mudanças! CHEGA DE CONFORMISMO! Eu me levantarei contra o sistema corrupto que jogou o acento da IDÉIA na lama, e lutarei pelos acentos e tremas que não só caíram, mas foram brutalmente derrubados por pessoas que não souberam administrar bem o poder que lhes foi dado.

Mudanças sim, desde que não desafiem a dignidade de ninguém, nem mesmo de acentos e tremas que não estarão mais entre nós para se defenderem. Abaixo a ditadura!! Vamos alçar novos VÔOS, em busca de novas IDÉIAS. A INIQÜIDADE não ficará entre nós. Vamos ARRANCÁ-LA do nosso meio, mantendo os acentos onde eles devem estar: sobre as palavras!

Junte-se a mim nesta luta por tudo o que é certo no mundo, não vamos deixar que os ditadores da língua portuguesa prevaleçam. Abaixo o adultério da nossa língua-mãe!

VIVAM ETERNAMENTE OS ACENTOS!!!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ALEGRIAS DO FACEBOOK

Todo ano cerca de uma semana antes do meu aniversário eu distribuo cartõezinhos lembrando a todos que meu aniversário está chegando. Quer dizer, distribuía! Este ano não me organizei a tempo pra fazer isso! :( No entanto, conforme o dia 3 de novembro se aproxima, 28 longos anos nas costas, começo a questionar se os cartõezinhos realmente foram uma boa idéia... assim, eles cumpriram seu propósito, já que para mim é MUITO importante que as pessoas se lembrem que meu aniversário é no dia 3 de novembro, mas quem sabe a pessoa lembrar sozinha (ou através dos lembretes do Orkut e do Facebook), seja muito mais legal.

Com isto em mente, não vou lembrar ninguém este ano que o meu aniversário é dia 3 de novembro, terça-feira que vem! Quem realmente gostar de mim, se dará ao trabalho de lembrar sozinho e de fazer uma ligação, mandar uma mensagem ou até mesmo um sinal de fumaça. Claro, dia 3 de novembro, meu aniversário, está bem perto, mas eu tenho mais o que fazer do que sair distribuindo cartõezinhos para lembrar as pessoas que meu aniversário é na terça que vem (3 de novembro).

Tenho estado bastante ocupada!! A minha fazenda, meu restaurante, minha ilha e minha cidade no Facebook tem tomado todo o meu tempo! Minha alegria é ver minhas bonequinhas crescerem em graça, dinheiro e experiência... estou tendo um vislumbre de como é difícil ser mãe.

- Na Farmville eu tenho que arar terra, plantar, colher, comprar animais, sementes, administrar toda a fazenda...
- No Café World eu tenho que fazer comida, decorar meu restaurante, contratar garçons, cuidar para que minhas bancadas estejam sempre cheias...
- No Island Paradise eu também administro minha própria ilha de Lost, e embora os gráficos não sejam tão legais, viver sozinha numa ilha não é fácil, eu tenho que plantar minha própria comida e sair procurando coisas para catar na areia. Algumas vezes, preciso admitir que fui às ilhas vizinhas e afanei coisas dos outros... aí o André me lembrou que sou uma menina de princípios - ou deveria ser - e meus dias de roubo se foram... agora eu só colho o que minha própria ilha produz!
- E por fim, na Yoville eu tenho que trabalhar numa fábrica de doces, colocar comida para fazer, checar os fornos, visitar amigos, ganhar experiência e dinheiro, para poder redecorar toda a minha casa.

Agora o meu trabalho é basicamente flutuar de aplicativo em aplicativo no Facebook, cumprindo com as responsabilidades que toda mulher de negócios tem! Aí não sobra tempo pra sair lembrando as pessoas que meu aniversário é dia 3 de novembro, e que vai cair na terça-feira que vem! As pessoas que lembrarem que eu faço aniversário na terça que vem, 3 de novembro, vão entrar em contato. Senão não sou eu que vou ficar falando para as pessoas o quanto meu aniversário é importante pra mim, e que eu queria muito que elas lembrassem.

Aliás, este pode ser meu último aniversário ainda sem filhos, e eu tenho que aproveitar esse momento para desenvolver mais maturidade... no dia 3 de novembro (terça que vem) eu farei 28 anos... um ano mais perto dos 40! Já tenho certa experiência de vida, o peso da idade sobre as costas... já achei 3 fios de cabelo branco, acreditam? Minha combinação com o André é que a gente não vai tingir o cabelo quando ficar velhinho, porque cabelo branco tem seu charme. A não ser que nosso cabelo seja roxo de tão branco, aí ninguém merece!! Cabelo branco é até fácil de combinar com as roupas, mas roxo não rola... eu nunca mais poderia usar vermelho! Aí fizemos um adendo para a tal combinação. Entretanto, depois dos 3 fios de cabelo branco, já estou pensando em burlar o sistema e aderir à coloração... daqui a pouco vão ser 10 fios, e vão achar que eu sou avó dos meus filhos. Aí é triste!

Bom, mas este post foi só pra compartilhar com vocês como, às vésperas do meu aniversário no dia 3 de novembro, eu já estou bem mais madura do que no início dos meus 27 anos, quando eu fiz questão de lembrar a todos do meu aniversário. Agora não!! Quem não lembrar sozinho que meu aniversário é no dia 3 de novembro não vai ter o meu lembrete neste ano.

E tenho dito!!!!