Hoje tive outro insight, sobre outra coisa nada ver que leva a gente a conclusões que tem menos a ver ainda... mas blog serve pra isso, então vamos à história cabeluda de hoje.
Como toda boa mulher que nunca está feliz com o cabelo que tem, passei minha vida inteira reclamando do meu. Você pode até pensar: "reclamando como, o seu cabelo é TÃAAO lindo!!" Sim, ele é (a auto-estima vai bem, obrigada!), mas nem sempre foi assim.
Há alguns anos eu temia dias de chuva! O meu cabelo sempre foi meio armado, e sempre teve dificuldade de decidir se seria liso ou não. A minha rotina era tomar banho, escovar o cabelo e esperar que a natureza tomasse seu curso para secá-lo. O problema é que ele sempre ficou meio liso, porém mega volumoso... e em dias de chuva, eu tinha o meu próprio guarda-chuva. Isso porque, devido à umidade, o cabelo dobrava de volume, no lindo formato sino, lambido em cima e armadão embaixo.
Certo dia estou eu na cama com meu marido (calma, gente, a história não tem censura), conversando antes de dormir, como sempre fazemos, quando ele me diz: "Rô, já notou que a parte debaixo do seu cabelo forma cachos? Será que seu cabelo não é cacheado?" Eu ri da cara do pobre André, que nada entende de cabelos, então não fazia idéia do que estava falando! Mas a idéia não era de todo ruim, e lembrei que quando era pequena tinha cabelo com aqueles cachos bem grandes e definidos. Pra encurtar a história, o André me levou ao cabeleireiro e contou a questão, pedindo um corte que realçasse meus cachos. Conclusão: aos 26 anos descobri que meu cabelo era, na verdade, cacheado, e ele nunca se permitiu cachear pq eu saía do banho e o escovava (note, cacheado, não ruim!).
Agora, obviamente existe uma lição de moral na minha história sobre o universo capilar.
Lição número 1: Muitas vezes nós já possuímos aquilo que sempre quisemos, mas não nos damos conta. E, como muitas vezes aconteceu comigo, temos algo que desconhecemos. Pode ser uma habilidade, um dom, ou até mesmo o cabelo. Veja bem: Deus nos criou completos, criaturas perfeitas (até o couro cabeludo), e nos deu muito mais do que precisamos. Nós só temos que aprender a enxergar as coisas como Ele fez, ao invés de tentar mudar algo que é muito melhor em sua forma original (pode buscar os depoimentos de quem conheceu meu antes e depois, todos preferem meus cachos naturais).
Lição número 2: Embora às vezes tenhamos algo muito bom (como meu cabelo, claro!), podemos passar uma vida inteira sem perceber, até que chegue alguém de fora e nos mostre - eu demorei 26 anos para me encontrar com meus cachos! Temos que valorizar a opinião alheia (principalmente a do André) e aceitar ajuda de pessoas mais capacitadas em certos aspectos do que nós. Não existe demérito em alguém ver algo que vc nunca viu, por mais óbvio que seja. Às vezes estamos tão envolvidos nas situações que acabamos sendo cegados para as coisas mais simples.
Então procure pelas coisas que vc ainda não descobriu que tem, explore suas habilidades.
Figurativamente, abrace seus cachos e seja feliz! :)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
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muito bom!? ou ótimo? teus cabelos são maravilhosos assim como a veia humorista, bela! Ri prá valer com essa história do cabelo tipo sino... teu tio aqui do meu lado ficou sem entender o porque de eu estar chorando! muito engraçada a cena...bjus e bom trabalho minha lindeza!
ResponderExcluirRô, o André é a redenção masculina. Ele é o meu herói estético, pois consegue perceber o que homens comuns não percebem. Realmente, vocês se completam!
ResponderExcluirconcordo plenamente: temos sim q valorizar a opinião do André! às vezes ele fala umas coisas q me deixam pensando meia hora: "como eu não pensei nisso antes??"
ResponderExcluire o treco do cabelo q tu falou... é isso aí!
beijos! :)
Com certeza. Devemos sim valorizar a opinião do André. Laços de sangue a parte ele tem um olhar critico que o coloca em uma posição vantajosa.
ResponderExcluir"Figurativamente, abrace seus cachos e seja feliz! :)" Bem que eu queria abraçar os meus ex cachos dourados... D=
Amo o humor dos seus textos. =D
beijos =*
Gente, assim eu fico com vergonha...
ResponderExcluirUsem palavras mais simples, algo do tipo:
"O André é brilhante mesmo."
ou ainda: "E como ele é humilde, não?!"
HUAHUAHUA!!!
Rosane, você é o meu orgulho! Só sou quem eu sou porque tenho você do meu lado! Parabéns pelos textos inspirados. Te amo.