terça-feira, 15 de setembro de 2009

NÃO FIQUE DOENTE!!

Hoje fui ao cinema assistir "Uma Prova de Amor" (My sister´s keeper), com a Cameron Diaz e a Abigail Breslin, a guriazinha de Little Miss Sunshine. Vou dar uma prévia da história - prometo que ler isso não vai estragar o filme pra vc, e não tem nada a ver com o desfecho.

Um casal tem 2 filhos e descobre que a filha, mais nova, Kate, tem câncer. Como todos são incompatíveis para doar qualquer coisa pra ela, eles decidem ter mais um filho para poder ser doador dela. Assim nasce Anna, que desde recém-nascida já doa medula, células tronco e etc. para a irmã. Só que aos 11 anos, na pré-adolescência, a menina resolve processar os pais porque quer ter controle sobre o próprio corpo, não quer mais ser forçada a doar nada para a irmã.

Bom, é óbvio que o filme é pra qualquer um chorar (até o André que não chorou em Marley e Eu - aliás, como pode?? - chorou nesse). Isso porque vc é levado pra dentro da família, e acaba vivenciando toda a dinâmica deles. Os atores são de primeira, e o diretor, que é o mesmo de Diário de Uma Paixão, mostrou que tem dom mesmo pra fazer a gente chorar!!

Mas a questão toda do filme nem é que é ele triste ou chorante. Acho que a mágica é que ele faz vc pensar em coisas que normalmente não pensaria. Vc começa a se colocar no lugar dos personagens e pensar no que faria. É tudo muito real, e a situação é bem profunda. De um lado vc tem uma menina de 15 anos sofrendo de câncer, sendo privada de toda a sua adolescência para tentar sobreviver. De outro, tem uma mãe desesperada que faz tudo pela filha e, sem perceber, acaba negligenciando marido e os outros filhos por causa da filha doente. Claro, é tudo muito inconsciente, mas faz vc pensar que a pessoa que está doente pode estar sofrendo, mas ela não é a única. Imagine o que é vc saber que veio ao mundo para "repor" as peças de alguém?!

E é aí nessa loucura que eu, hipocondríaca admitida, fico pensando nessa coisa de ficar doente. Vc ter pessoas gastando o dinheiro que não tem, saindo do emprego, indo e vindo de hospital, tudo pra cuidar de vc. E, ao mesmo tempo que vc não quer que isso aconteça, basicamente não tem outra opção, pq vc se torna completamente dependente. Claro, Deus não dá mais do que a gente possa suportar e etc., mas a questão não é espiritualizar aqui... é pensar como ser humano, nas dificuldades de outra pessoa ter que abrir mão de sua vida por uma doença que nem é dela. De certa forma, ficar doente é até egoista!

E as pessoas perguntam pq eu tomo tanto remédio... acho que sou orgulhosa demais pra depender dos outros, e acho que inclusive me sentiria mal de fazer alguém passar por isso junto comigo. Aí vc vai dizer que tomar remédio deixa a gente ainda mais doente... não é verdade, remédio é bom, remédio é amigo! Dipirona, paracetamol, buscopan, voltaren, alginac, hixizine (que inclusive é bom pra dormir) e esse monte de remédios ajudam a prevenir alguma coisa... e se vc tomar todos a probabilidade é que consiga prevenir basicamente tudo!

Não, mas é sério... esse filme me fez concluir algo muito importante: eu não vou ficar doente nunca! E a lição desse post é essa: não fique doente!!

E a outra lição é: pegue sua caixa de lencinhos e dirija-se ao cinema mais próximo para assistir esse filme. É um filme que te faz pensar, e às vezes pensar é até bom! :)

7 comentários:

  1. Quem não entende seu senso de humor te acha louca! ;) Ou quem é louco entende seu senso de humor? :( Eu sou louco então? huahuahua! Te amo Rô

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  2. Com certeza André, eu acho que também sou meio tantan...hahaha...mais com certeza Rô este filme é uma marca, até para darmos mais atenção aos nossos familiares, amei o filme, assistam, e André e Rô obrigada pelo amor e carinho dispansados a nós, amamos vcs.

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  3. Rô, o filme é terrivelmente bom e ao mesmo tempo cruel, porque ele decreta que as coisas são como são, mesmo quando estamos dispostos a fazer tudo o que for possível e impossível, chega uma hora que o inexorável vence. É nesse ponto que o homem tem que descobrir que ele não é senhor do seu nariz tanto assim como pensa. É nessa hora que o etéreo tem que entrar em cena.

    Como sempre, amei o post.

    Beijos

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  4. Rô, vc aguçou com muita propriedade minha vontade de ir correndo ver o tal filme... Ainda mais eu que amo essas realidades familiares.
    Não tendo visto o filme, mas entendendo a proposta, reafirmo meus conceitos: não cabe a nós tanta onipotência! não somos donos de absolutamente nada...
    O teu jeito de escrever é leve e bom demais! Continua aí! bjus

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  5. ok, ok... entendi a mensagem... mas vai ver "Se Beber, Não Case"... esse filme também passa uma mensagem ótima!!! =D
    beijos :)

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  6. Rosaaaneeee!!!! Falei pra você parar com aqueles tarja preta, que eles iam acabar te fazendo mal!!!! hahahah
    Bjs...

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  7. Ai Rô, acho que hipocondria é genética...
    Acredita que o Thomas me ligou esses dias e, no meio da conversa, perguntou se eu já havia tomado meu remedinho?? KKKK
    Independente de qqr coisa, vou ver o filme e depois a gente conversa. Não costumo chorar em filmes... Sabia que o roteiro é uma história que eles inventam??!!Rsrs

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